Toda pessoa pensa sobre as grandes questões da vida em certo grau. Aqueles que captam o conceito de cosmovisão e refletem seriamente sobre os assuntos envolvidos sem dúvida desenvolvem sistemas de crença mais funcionais e coerentes do que aqueles que não o fazem.  

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Os Miseráveis ... "fogo para aquecer vinho para reanimar e pão para fortalecer!"



Cultura redimida
Os Miseráveis é uma estória espetacular uma prova de que o mais improvável autor pode, sim, manifestar aspectos importantes da cosmovisão cristã!

 Victor Hugo foi só um homem cristianizado, fruto de uma sociedade sob fortes valores cristãos. O escritor não viveu uma vida moralmente correta para os padrões da época, nem religiosa e muito menos piedosa, ao contrario, no fim de sua vida buscou outro conhecimento que não o cristianismo para responder suas perguntas.
Mesmo assim em grande parte de seus escritos é possível até tocar muitas das realidades bíblicas, provando que não é incomum uma pessoa "entender" ensinos fundamentais da fé cristã.  No entanto a mesma pessoa continua a vida, sem as ter gravada em seu coração!

Victo Hugo descreve maravilhosamente as questões políticas e sociais de seu pais intercalando uma estória de redenção e amor com algumas pitadas deste novo conhecimento de que falei acima, más resolvi ignorar neste texto ,voltando a falar especificamente sobre isso no futuro, quando comentar sobre outra obra dele, onde fica mais evidente tais aspectos.

  Esse "amor" surge de muitas formas e percorre os mais diferentes caminhos. Vemos o amor da piedade (padre e o ladrão Jean Valjean) o amor da misericórdia (Jean Valjean e Fantine) o amor entre um pai e uma filha (Cosette e pai adotivo Jean Valjean) o amor entre um homem e uma mulher (Cosette e Marius) o amor do homem (Javert) com a lei e finalmente más não menos importante o amor (Verdadeiro) de Deus que quer o homem (Jean) arrependido e consciente de sua situação, aquele que outrora levantou os punhos aos céus agora perdeu seu vigor e se deixa vencer.


Jean Valjean é emblemático, a personagem que trás em si todo o drama da rendição necessária a todo aquele que crê, ele se bate contra Deus com toda sua força de mar irritado más não passa de uma marola que esbarra no rochedo que é o Todo Poderoso Deus, no final tudo vai convergir para o desfecho que Ele quer! Ações, vontades, covardias, responsabilidades, tudo! 

Jan resiste e argumenta com toda sua frustração e conflito, más não consegue manter sua determinação e lentamente rende-se chegando a um impasse deflagrado por uma atitude de piedade, meio encontrado para entrada da palavra!

Jan não sabia, más ao entrar pela porta onde havia fogo para aquecer,  vinho para reanima-lo e ao comer do pão para fortalecê-lo “aceitou” bem mais do que achava precisar! 
O Jean Valjean em nós, arrepia!
O capitão, este não é menos emblemático. Considero, que das três melhores cenas duas ele está presente a da abertura que logo dá o tom de rivalidade e ritmo do filme. O porto a escravidão e a musica tudo excelente!
É isso mesmo! A vida antes de Cristo é uma pena a cumprir que pode se estender além dela! A cena da luta entre os dois protagonistas, lei e a graça lutando se opondo, quando tudo que era preciso era deixar a balança da graça pender, é sensacional, a lei é boa, más não suficiente, sem a graça de nada vale! Então o coração obstinado do capitão, leva a um desfecho!
Algumas máximas do filme que chamam a reflexão

Diante do crepúsculo de suas decisões Javert (lei) e graça(Jean) tem atitudes completamente diferentes, Jan rende-se vencido e começa uma nova vida onde sua mudança e decisões atingem outros. Já o capitão no momento de seu confronto faz, diferente, prefere a tragédia a deixar que graça sobrepuje a lei!

Duas pessoas, dois conceitos, dois caminhos, dois destinos!
Para terminar as a cena do clamor dos pobres e injustiçados é perfeita! O universo clama pela justiça e consumação dos tempos, todos internamente sabem que existe um dia, O DIA em que "a camisa nas costas não impedirá o calafrio!"

Poderia continuar descrevendo a adaptação Os Miseráveis muito tempo, dada a riqueza do filme sem falar do livro. 


Nos livros fica bem mais evidente a complexidade dos ideais Victor Hugo a abrangência política e socioeconômica, sua expectativas na política como solução para os conflitos. Conflitos estes que na realidade fluem do coração entenebrecido do homem, coisa que nenhuma política ou redistribuição pode efetivamente resolver só amenizar com justiça, ordem e aplicação da autoridade de um governo teísta cristão. 

Nesse filme dirigido por Tom Hooper Os Miseráveis  ficou mais conciso, mas com o fundamental que rege a história do homem bem preservado, Os Miseráveis é sem duvida um clássico!

Quem atenderá o "chamado feito aos miseráveis" para fugir de um destino trágico, quem? A graça comum no filme enfatiza, convoca, más não conclui.


Você ouve os tambores ao longe, do Eterno Reino onde a Justiça não terá fim? Este é o futuro que Deus trará quando o amanhã chegar! Você se unirá a nossa cruzada?! Quem será forte e ficará?

 Filme com Classificação Amarela

Dani Lima                                                                                                        
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